7 mitos da corrida que podem atrapalhar seus resultados

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Separar o que é verdade do que é mito é essencial para quem quer correr melhor, com saúde e eficiência. Por isso, desmistificamos algumas ideias equivocadas muito comuns no universo da corrida e explicamos o que fazer para evoluir!

1. Existe uma “forma ideal” de correr que resolve todos os problemas

É comum ouvir que para correr melhor e sem lesões você precisa adotar uma técnica perfeita — seja pisando com o pé no chão de um jeito específico, ou mantendo uma postura exata. Na prática, não existe uma única forma ideal válida para todos. Cada corpo é único, com sua anatomia, histórico de lesões e hábitos de movimento.

Estudos mostram que o estilo de corrida tende a se aperfeiçoar naturalmente com o tempo, conforme o corredor ganha experiência e força. Insistir em mudar radicalmente sua forma pode até ser contraproducente. Por isso, o mais importante é manter uma técnica confortável, sem dor, e evoluir gradualmente.

2. Alongar os músculos antes de correr previne lesões

A crença de que o alongamento estático — aquele em que você fica parado segurando uma posição — é essencial antes da corrida para evitar lesões já foi muito popular. No entanto, pesquisas indicam que esse tipo de alongamento não aumenta a flexibilidade de forma permanente e pode até reduzir a performance momentaneamente.

Para corredores, o ideal é investir em um aquecimento dinâmico, com movimentos que ativem os músculos, seguido por um cuidado adequado no pós-treino, incluindo descanso e fortalecimento muscular.

3. Não se deve aumentar a quilometragem semanal em mais de 10%

Essa regra do “aumentar só 10% da quilometragem por semana” virou um mantra para evitar lesões, mas é muito simplista. O que determina o quanto você pode aumentar seu volume de corrida depende do seu condicionamento, experiência, tipo de treino, terreno e até como seu corpo reage ao esforço.

Para iniciantes, aumentos até 20% por semana podem ser seguros se respeitados os sinais do corpo. Corredores experientes que retornam de pausas podem até tolerar aumentos de 30%. O essencial é ter um diário de treinos para acompanhar como seu corpo responde, incluir semanas de redução de carga e respeitar os períodos de descanso.

4. Correr prejudica seus joelhos

Esse é talvez um dos mitos mais persistentes e que gera medo em quem quer começar a correr. A boa notícia é que a corrida, quando praticada com equilíbrio, pode fortalecer as articulações, inclusive os joelhos. Estudos indicam que corredores recreativos têm menos incidência de osteoartrite do joelho do que pessoas sedentárias.

A razão é que o impacto da corrida estimula a regeneração da cartilagem e melhora a saúde metabólica, contribuindo para articulações mais fortes. O cuidado é para volumes excessivos de corrida, principalmente em corredores de alta performance, que podem aumentar o risco de lesões articulares.

5. Seu relógio sabe exatamente como você deve treinar

Com o avanço da tecnologia, muitos corredores confiam cegamente nos dados de seus smartwatches para guiar treinos, descanso e intensidade. Embora esses aparelhos sejam ferramentas úteis, eles não captam todos os aspectos que influenciam seu desempenho, como estresse emocional, fadiga mental, qualidade da alimentação e qualidade do sono.

Além disso, sensores de pulso nem sempre medem a frequência cardíaca com precisão, especialmente em atividades dinâmicas. O melhor guia para um corredor continua sendo a percepção do próprio corpo: aprender a reconhecer sinais de cansaço, dor ou disposição é fundamental para evitar lesões e melhorar gradualmente.

6. Mais volume de treino sempre significa melhor performance

Muitos acreditam que quanto mais quilômetros correr, mais rápido e resistente vai ficar. Isso não é verdade. O corpo precisa de estímulos, mas também de tempo para se recuperar e se fortalecer.

A progressão ideal costuma ser feita em ciclos, com semanas de aumento gradual de carga seguidas por semanas com menor volume para recuperação. Excesso de treino sem descanso adequado pode levar a overtraining, que prejudica a performance, aumenta o risco de lesões e pode gerar fadiga crônica.

7. Correr devagar não traz benefícios

Muitos corredores iniciantes ou até avançados acreditam que só os treinos rápidos e intensos trazem resultados significativos. Porém, correr em ritmos mais lentos, o chamado treino aeróbico leve, é fundamental para melhorar a resistência, fortalecer o sistema cardiovascular e permitir que o corpo se recupere.

Esse tipo de treino ajuda a aumentar a capacidade de queima de gordura, melhora a eficiência do uso do oxigênio e reduz o risco de lesões por excesso de impacto. Ignorar os treinos mais lentos pode limitar sua evolução e aumentar a chance de desgaste precoce.

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