Strava desiste de ação judicial contra a Garmin após apenas 21 dias

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A Strava apresentou um pedido de desistência voluntária da ação de infração de patentes movida contra a Garmin, encerrando o processo apenas 21 dias após o protocolo inicial. A decisão foi formalizada pela Corte do Colorado, nos Estados Unidos, e encerra a disputa sem qualquer resolução de mérito.

Disputa envolvia patentes de recursos populares

O processo, aberto no início de outubro, questionava o uso de duas patentes norte-americanas que, segundo a Strava, eram violadas por tecnologias presentes em dispositivos da Garmin — especialmente os recursos de heat maps (mapas de calor com rotas mais usadas por atletas) e live segments (comparativos de desempenho em tempo real).

A empresa pedia uma tutela judicial para suspender as vendas de aparelhos da Garmin considerados infratores, o que poderia ter causado impacto direto no mercado de relógios e ciclocomputadores.

Relação comercial pesou na decisão

Além do aspecto jurídico, a ação trazia implicações estratégicas importantes. A Garmin é uma das principais parceiras comerciais da Strava, fornecendo dados de milhares de usuários e sendo responsável por uma parcela significativa da base de assinantes da plataforma.

A continuidade do processo, portanto, colocava em risco uma das integrações mais relevantes do ecossistema Strava. A desistência foi interpretada como um movimento para preservar essa relação e evitar um eventual desgaste institucional.


Tentativa de evitar riscos contrapatentários

O processo foi encerrado antes mesmo de a Garmin apresentar sua defesa, embora a empresa tenha registrado seus procuradores no mesmo dia do arquivamento. Analistas veem o gesto da Strava como uma forma de mitigar riscos de contrapatentes — ou seja, de enfrentar uma contraofensiva judicial, já que a Garmin possui um portfólio extenso e sólido de patentes em tecnologia esportiva.

Com o encerramento, o caso reforça a complexidade das disputas de propriedade intelectual em setores de alta interdependência tecnológica e destaca a importância de avaliações jurídicas mais cautelosas antes de litígios que possam envolver parceiros estratégicos.

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