As maratonas do Mundial de Atletismo, realizadas neste fim de semana durante o Mundial de Atletismo de Tóquio, entraram para a história por motivos distintos.
No masculino, a decisão do ouro foi definida apenas no photo finish, com a menor diferença já registrada na competição.
No feminino, a América do Sul conquistou sua primeira medalha na prova graças ao pódio da uruguaia Julia Paternain.
Chegada dramática no masculino

O tanzaniano Alphonce Felix Simbu venceu a maratona masculina com o tempo de 2h09min48s, superando o alemão Amanal Petros por apenas três centésimos de segundo. Os dois cruzaram a linha praticamente lado a lado, e a confirmação do resultado só veio após análise de imagem. Foi a vitória mais apertada da história das maratonas em Mundiais — até então, o recorde pertencia à edição de 2001, quando a diferença foi de um segundo.
A disputa ganhou contornos ainda mais emocionantes porque Petros liderava dentro do estádio e parecia caminhar para o ouro. Simbu, porém, arrancou nos metros finais e garantiu o primeiro título mundial da Tanzânia em maratonas.
O Brasil teve três representantes na prova masculina. Johnatas de Oliveira terminou em 38º lugar (2h18min22s), Paulo Roberto Paula foi o 45º (2h20min18s) e Ederson Vilela Pereira fechou em 63º (2h28min40s).
Medalha inédita no feminino
Na maratona feminina, realizada no sábado, a queniana Peres Jepchirchir confirmou seu favoritismo e conquistou o ouro com 2h24min43s, seguida de perto pela etíope Tigst Assefa (2h24min45s).
O destaque, no entanto, ficou para Julia Paternain. Aos 25 anos, a atleta levou o bronze com 2h27min23s e fez história ao garantir a primeira medalha do Uruguai em Mundiais e o primeiro pódio da América do Sul na maratona feminina.
Paternain, nascida no México e criada na Inglaterra, optou neste ano por defender o país de origem dos pais. Já em março, havia quebrado o recorde nacional uruguaio, com 2h27min09s, e agora consolida-se como um dos nomes emergentes da maratona mundial.











