Maratonas Majors: como funcionam os tempos de qualificação?

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Correr uma das sete World Marathon Majors — Tóquio, Boston, Londres, Berlim, Chicago, Nova York e Sydney — é o sonho de muitos corredores ao redor do planeta. Mas conquistar uma vaga nem sempre depende apenas de sorte no sorteio.

Em várias dessas provas, há a possibilidade de garantir inscrição por mérito esportivo: atingir um tempo de qualificação específico dentro da sua faixa etária e gênero. Esses índices, no entanto, variam bastante de uma major para outra e exigem preparação cuidadosa.

Critérios que diferenciam cada major

Apesar de todas serem provas de altíssimo nível, cada maratona estabelece suas próprias regras. Em Londres, por exemplo, existe o programa Good For Age, exclusivo para residentes do Reino Unido, enquanto corredores estrangeiros só conseguem vaga via sorteio ou índice de elite. Já em Berlim e Chicago, o cumprimento do tempo de qualificação garante inscrição direta — uma vantagem que torna essas provas especialmente disputadas.

Em Boston, Nova York e Sydney, os tempos são usados como filtro inicial, mas nem sempre asseguram vaga, já que a seleção obedece ao critério de “mais rápido primeiro” dentro de cada faixa etária. Isso significa que, na prática, muitos corredores precisam correr alguns minutos abaixo do índice oficial para realmente garantir presença no evento.

Diferenças por idade e gênero

Os tempos de qualificação variam conforme a faixa etária e o gênero do atleta. Para homens entre 18 e 34 anos, o padrão é bastante exigente: algo entre 2h45 e 2h55, dependendo da prova. Já mulheres da mesma faixa precisam correr entre 3h10 e 3h25. À medida que a idade avança, os índices ficam mais flexíveis, permitindo que corredores de 60, 70 ou até 80 anos ainda possam sonhar em alinhar nas largadas mais prestigiadas do mundo.

O cenário para atletas não binários ainda está em evolução. Enquanto Boston, Sydney, Chicago e Nova York já adotam tempos oficiais de qualificação para essa categoria, Londres, Tóquio e Berlim ainda não possuem índices específicos.

Programas de alto rendimento

Além dos tempos gerais, algumas majors oferecem programas para corredores de performance mais elevada. Em Londres, há o Championship Entry, voltado a atletas federados no Reino Unido que consigam marcas abaixo de 2h38 (homens) e 3h10 (mulheres). Berlim também possui um sistema simplificado de “fast runners”, com apenas três faixas etárias e entrada garantida para quem bate o índice.

Tóquio, por sua vez, é considerada a mais desafiadora: apenas 280 vagas são destinadas ao chamado grupo semi-elite, com tempos muito mais rígidos que os exigidos em Boston ou Berlim.

Qual a mais difícil e a mais acessível?

Na prática, Tóquio é a maratona mais difícil de conquistar vaga pelo índice, tanto pela limitação de vagas quanto pelos tempos altíssimos. Berlim vem logo atrás, já que atrai atletas do mundo inteiro em busca de recordes pessoais, graças ao percurso plano e rápido.

Por outro lado, especialistas consideram que Boston e o programa Good For Age de Londres são relativamente mais acessíveis. No entanto, em Boston, mesmo correndo dentro do índice, é comum precisar de uma margem extra de quatro a cinco minutos para não ficar de fora.

Vale a pena buscar o índice?

Garantir uma vaga por tempo é um dos maiores orgulhos para um corredor amador. Mais do que economizar a espera em sorteios, significa integrar um seleto grupo de atletas que alinham pelo mérito da performance. Mas alcançar esses índices exige anos de dedicação, planejamento de treinos e escolhas estratégicas de provas rápidas para tentar bater o tempo necessário.

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