A Maratona de Chicago 2025, marcada para o dia 12 de outubro, promete ser uma das edições mais rápidas e disputadas da história recente das majors. Dois anos após Kelvin Kiptum correr 2h00min35s e estabelecer o atual recorde mundial, a elite masculina retorna ao percurso plano e veloz da cidade norte-americana com a meta de escrever mais um capítulo histórico — e talvez quebrar a barreira das 2h01 oficialmente.
O grande nome é John Korir, campeão em 2024 e vencedor também da Maratona de Boston neste ano. O queniano, oitavo homem mais rápido da história (2h02min44s), chega confiante e abertamente determinado a superar a marca de Kiptum.
Um pelotão masculino de outro nível
Além de Korir, o pelotão de elite masculina impressiona pelo equilíbrio e pela profundidade. Seis atletas já correram abaixo de 2h04, número raro mesmo entre as World Marathon Majors. Entre eles estão:
- Timothy Kiplagat (2h02min55s) – segundo colocado em Tóquio 2024 e visto como o principal rival direto de Korir
- Amos Kipruto (2h03min13s) – terceiro em Chicago no ano passado, com histórico de regularidade em grandes provas
- Cybrian Kotut (2h03min22s) – terceiro em Boston 2025, em excelente fase
- Bashir Abdi (2h03min36s) – bicampeão olímpico belga e presença constante entre os melhores;
- Jacob Kiplimo (2h03min37s) – recordista mundial da meia maratona, o ugandense faz apenas sua segunda maratona, após estrear com um vice em Londres
Outro destaque é Geoffrey Kamworwor, bicampeão da Maratona de Nova York, que estreia em Chicago após vencer em Roterdã com 2h04min33s. E os Estados Unidos também terão um papel relevante: Conner Mantz, recordista americano da meia maratona (59min17s), quer finalmente quebrar o recorde nacional da maratona (2h05min38s), marca que já superou em Boston, embora em percurso não homologado.
Mulheres também buscam tempos históricos
No feminino, a disputa promete ser igualmente acirrada, com Megertu Alemu (Etiópia) liderando a lista de favoritas. Campeã da Maratona de Valência em 2024 e terceira colocada em Chicago em 2023, Alemu chega com um tempo pessoal de 2h16min34s, o melhor entre as inscritas.
A etíope terá forte concorrência das compatriotas Hawi Feysa (2h17min00s), terceira colocada em Tóquio 2025, e Bedatu Hirpa (2h18min27s), além da queniana Irine Cheptai (2h17min51s), que volta à prova depois do pódio do ano passado. O grupo de elite feminina ainda conta com Haven Hailu Desse, Mary Ngugi-Cooper e a estreante Ejgayehu Taye, medalhista mundial nos 10.000 m.
Após a suspensão de Ruth Chepngetich — que havia quebrado o recorde mundial feminino em Chicago 2024 com 2h09min56s —, a competição deste ano coroará uma nova campeã e poderá redefinir os limites da maratona feminina etíope.
Expectativa por novos recordes
Com previsão de clima ameno e o tradicional percurso plano, Chicago mantém o status de uma das provas mais rápidas do mundo. Desde 2023, tanto os recordes masculinos quanto femininos foram estabelecidos na cidade, reforçando a reputação da prova como o “solo sagrado da velocidade”.
Entre os homens, o desafio é monumental: igualar o ritmo médio de 2min51 por quilômetro que Kiptum sustentou em 2023. Ainda assim, o nível técnico da elite faz acreditar que tempos abaixo de 2h02 são possíveis.
No feminino, é improvável que se veja uma nova marca mundial — o recorde de 2h09min56s parece inalcançável no curto prazo —, mas a expectativa é de uma prova com múltiplas atletas correndo abaixo de 2h18, consolidando a maratona como uma das mais fortes do ano.
Um palco pronto para a história
A edição 2025 da Bank of America Chicago Marathon não é apenas mais uma major no calendário: ela representa a continuidade de uma era dourada da corrida de rua. Entre homenagens à memória de Kelvin Kiptum e a promessa de tempos impressionantes, o evento promete mais uma vez colocar Chicago no centro do mundo da corrida — onde cada segundo pode significar um novo recorde mundial.
