Estudo indica: quer correr melhor? Talvez seja melhor pensar menos em você!

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Muitos corredores acreditam que a chave para o bom desempenho está em prestar atenção total ao próprio corpo. Ajustar a passada, o ritmo e a postura parecem ser ações intuitivas e necessárias…

No entanto, um estudo publicado no Journal of Motor Learning and Development desafia essa lógica e aponta: quanto mais você pensa em si mesmo durante a corrida, pior tende a ser o resultado.

Calma, ninguém está dizendo que você é egoísta. A descoberta, coordenada por Jared Porter, professor de movimento humano da Universidade do Tennessee, revela algo mais profundo.

Segundo ele, o foco excessivo nas sensações internas e nos chamados “resmungos mentais” — pensamentos como “esse treino está difícil” ou “queria estar em casa” — pode aumentar o desgaste físico e psicológico da corrida, reduzindo a performance e o prazer da prática.

O CORPO SABE O QUE FAZ

De acordo com Porter, a pior estratégia identificada entre os participantes foi justamente pensar demais nos próprios movimentos. Isso vai ao encontro de uma teoria bastante debatida entre especialistas em ciência do esporte: a de que nossos corpos sabem, de forma quase automática, como se mover com eficiência — muitas vezes melhor do que a mente consciente pode comandar.

Os resultados mostram que a atenção voltada para dentro, para os próprios movimentos corporais, acaba atrapalhando. Segundo o estudo, as melhores performances ocorreram quando os corredores estavam distraídos com algum estímulo externo.

COMO FOI FEITO O TESTE?

O experimento foi conduzido em esteiras, e os voluntários foram divididos em dois grupos.

  1. Um deles deveria focar exclusivamente em seus movimentos enquanto corriam
  2. O outro assistia a uma partida de basquete na televisão

O grupo “distraído” obteve os melhores resultados, correndo mais tempo e com menor percepção de esforço.

Mas e fora da esteira? Segundo os pesquisadores, o mesmo raciocínio pode ser aplicado às corridas ao ar livre. Neste caso, a “distração” não precisa ser um jogo na TV, claro.

Observar a natureza, prestar atenção ao ambiente, ouvir música ou se envolver com um podcast são formas válidas — e até recomendadas — de tirar o foco de dentro de si e permitir que o corpo entre em ação com mais fluidez e naturalidade.

ESCUTAR O CORPO IMPORTA!

É importante destacar que o estudo não invalida a escuta corporal. Afinal, estar atento a sinais como dor, fadiga fora do comum ou dificuldade respiratória é essencial para evitar lesões e respeitar os próprios limites. A questão é como essa escuta acontece.

Há um ponto de equilíbrio entre a autoconsciência útil e o pensamento exagerado nos próprios movimentos. Ouvir o corpo é importante, sim. Mas prestar atenção demais em cada passo, em cada respiração ou sensação, pode se transformar em uma espécie de armadilha mental…

DELSIGUE O MODO ANÁLISE

Se você está buscando melhorar sua performance ou simplesmente tornar a corrida um hábito mais prazeroso, o conselho dos cientistas é simples: experimente desviar o foco de si mesmo.

Coloque uma playlist animada, baixe aquele podcast interessante ou permita-se apenas observar a paisagem. Seu corpo sabe o que fazer — e pode surpreender quando você para de tentar controlá-lo o tempo todo.

Então, que tal testar essa ideia na sua próxima corrida?

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