Ele realizou o sonho da primeira maratona na SP City: “Só quero contar às pessoas que existe vida após depressão”

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José Paulo Ferreira começou a correr em 2015, mas foi em 2016, quando participou de sua primeira prova de 10 km, que o esporte passou a fazer parte da sua rotina. O que ele não imaginava é que, naquele mesmo ano, enfrentaria o maior desafio da sua vida fora das pistas.

“Infelizmente, nesse mesmo ano, fui diagnosticado com síndrome do pânico e depressão, mas pela graça de Deus, fui curado após alguns anos”.

A corrida, que começou como um simples hobby, acabou se tornando um dos pilares da sua recuperação. Ele aprendeu a olhar para o esporte não apenas como um exercício físico, mas como uma forma de reconstrução. Hoje, ao lembrar do período mais difícil, José Paulo vê o quanto o movimento o ajudou a reencontrar o equilíbrio.

Só quero contar às pessoas que existe vida após depressão e pânico. Sou um novo homem, uma pessoa em busca de novos sonhos e muitos quilômetros.”

Um novo ciclo, novas metas

Nos anos seguintes, José Paulo passou por várias transformações. O corpo acompanhou a mudança interna: ele saiu dos 124 kg para os atuais 88 kg, sem uso de remédios. “Apenas com boa alimentação e treino”, resume.

Mas o caminho não foi simples. Ele enfrentou duas cirurgias de hérnia inguinal, em 2021 e 2023, e uma cirurgia nas duas vistas em 2024, causada por uma catarata precoce que quase o deixou sem visão no olho esquerdo. “Praticamente estava sem visão do olho esquerdo”, recorda.

Mesmo assim, seguiu firme. E 2025 marcou um divisor de águas. “Esse ano fiz 15 meias maratonas e uma maratona. Foi meu melhor ano em termos de condicionamento, me superei em todos os aspectos.”

O sonho da maratona e o presente inesperado

Depois de estrear nos 21 km da SP City Marathon 2024, José Paulo voltou à prova em 2025 para encarar o desafio completo: os 42,2 km. E aquela linha de chegada se tornaria inesquecível não apenas pelo esforço físico, mas pela história que a levou até lá.

“Esse ano realizei o sonho dos 42.2k. Fui presenteado com a inscrição devido à minha história. Só tenho a agradecer.”

No dia da corrida, ele cruzou a linha com o tempo de 4h36, mantendo um ritmo médio de 6:28/km. Mais do que o resultado, foi a prova de que, mesmo depois de tanta luta, é possível recomeçar e chegar mais longe do que se imaginava.

Uma história para inspirar

Hoje, José Paulo quer que a sua trajetória sirva de incentivo. “Só quero ajudar as pessoas com a minha história”.

Para quem o vê correr pelas ruas de São Paulo, o que salta aos olhos não é apenas o pace ou o número de provas completadas. É o sorriso de quem sabe que, depois da tempestade, existe sempre um novo amanhecer — e, às vezes, ele começa no primeiro passo de uma corrida.

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