O mercado da corrida de rua segue em franca expansão e deve alcançar um patamar histórico já no próximo ano. Segundo dados apresentados durante o TS Summit 2025, realizado na Sala São Paulo, o Brasil deve registrar mais de 11 mil eventos esportivos em 2026, um aumento de 34% em relação a 2024. O salto é impulsionado, principalmente, pela chegada de novos praticantes: quase metade dos inscritos deve ser formada por estreantes, reforçando a democratização da modalidade.
Experiência imersiva e impacto digital
O estudo destaca que a corrida não se limita mais ao ato de alinhar-se na largada e cruzar a linha de chegada. A tendência é que as provas se transformem em experiências imersivas, conectando atletas, marcas e público por meio de tecnologia, storytelling e integração digital. Plataformas como o Strava e criadores de conteúdo especializados fortalecem comunidades e expandem o alcance do esporte muito além das ruas.
Para especialistas, quem investir em narrativas marcantes e em branding criativo terá vantagem competitiva, oferecendo jornadas que vão da inscrição até a lembrança pós-prova.
Motor econômico e social
No cenário internacional, os números reforçam a relevância do setor. Um levantamento da Brand Finance mostrou que as 50 maiores maratonas do mundo geraram juntas US$ 5,2 bilhões em impacto econômico para as cidades-sede. Além do turismo e do consumo local, os eventos se consolidam como ferramentas de engajamento comunitário e fortalecimento de políticas públicas voltadas ao esporte.
Saúde, inclusão e sustentabilidade em foco
Outra força do setor está na promoção da saúde e da qualidade de vida. Com a corrida cada vez mais vista como ferramenta contra doenças modernas — como obesidade, solidão e depressão —, a prática ganha status de atividade transformadora física, mental e social.
As tendências também apontam para maior diversidade nos pelotões. Mulheres, idosos e pessoas com deficiência devem ganhar ainda mais protagonismo a partir de iniciativas voltadas à acessibilidade e à equidade de gênero. Em paralelo, cresce a exigência por sustentabilidade, com provas investindo em redução de resíduos, logística consciente e impacto social positivo.
Um futuro de recordes
Combinando digitalização, novas experiências e uma base cada vez mais ampla de praticantes, 2026 desponta como um ano de recordes de participação e engajamento.
O movimento confirma que a corrida de rua já não é apenas um fenômeno esportivo: tornou-se também expressão cultural, vetor de transformação social e motor econômico global.