Camila Bragion, 40 anos, viveu no domingo, 27 de julho, um momento inesquecível: completou sua primeira maratona. E não poderia ter escolhido cenário mais simbólico do que a SP City, uma das provas mais aguardadas do calendário nacional, que transforma as avenidas de São Paulo em palco para histórias de superação como a dela.
Corredora desde 2015, Camila não começou a correr por lazer ou por modismo. A corrida entrou em sua vida como uma resposta urgente a um diagnóstico sério: níveis perigosos de estresse ameaçavam sua saúde. O alerta médico foi claro — se nada mudasse, ela poderia enfrentar um infarto antes dos 40 anos.
Foi a partir dessa “ameaça” que ela calçou os tênis e deu início a uma nova trajetória. “Foi ordem médica, que disse que se eu não fizesse nada, com 35/40 anos infartaria”, relembra.
Nova maratonista
Ao longo dos anos, Camila fez da corrida um hábito e um ponto de equilíbrio. Mas completar uma maratona era um sonho distante — até agora. A SP City Marathon acabou representando mais do que uma linha de chegada: foi a materialização de um processo de transformação física, mental e emocional.
Mesmo com receios em relação ao trajeto, especialmente em trechos exigentes como a Avenida 23 de Maio, ela conseguiu manter a constância e cruzou a linha de chegada não só inteira, mas também mais rápida do que o esperado. Com o tempo final de 4h09min, superou a projeção de seu treinador, que estimava 4h12min. Um ganho de apenas três minutos no relógio, mas imensurável em significado.
“Fui muito melhor do que o planejado. Meu treinador tinha colocado 4h12min e fiz 4h09min. Estou explodindo de felicidade, e não só por causa do tempo, mas por provar pra mim mesma que sou capaz de fazer esse grande feito.”
O sentimento de vitória não veio apenas pelo cronômetro, mas pela autocomprovação. O feito reforçou sua capacidade de persistir e superar limites — algo que, para qualquer maratonista estreante, vale mais do que medalha.
A prova também deixou uma ótima impressão pela organização. Camila destacou a estrutura e o suporte ao longo do percurso, com ativações e pontos de estímulo que ajudaram os corredores a manter o foco e a energia. A experiência completa, do início ao fim, tornou esse momento ainda mais marcante.
“A Iguana deu um show na organização!!! Não tenho do que reclamar em nada. Tem ativação em quase todo o percurso, o que faz a gente se ‘distrair’.”
A história de Camila Bragion se junta a tantas outras que fazem da maratona muito mais do que uma corrida: ela é uma celebração da resistência, da saúde recuperada e da força de vontade que transforma vidas.