Como Conner Mantz devolveu esperança ao fundo americano

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Já se passou um mês desde que Conner Mantz, aos 28 anos, devolveu orgulho e esperança ao atletismo de fundo dos Estados Unidos. No dia 13 de outubro de 2025, durante a Maratona de Chicago, o corredor de Utah quebrou um jejum de 23 anos ao registrar 2h04min43s, novo recorde americano da distância. O feito encerrou uma espera que parecia interminável desde 2002, quando Khalid Khannouchi cravou 2h05min38s em Londres.

Mais do que um número, a conquista de Mantz simbolizou um novo capítulo para os americanos nas longas distâncias, uma modalidade que, por décadas, viu africanos dominarem com sobras.

O dia em que Chicago parou

A manhã fria de Chicago recebeu um pelotão de elite. Mantz correu com confiança desde o início, mantendo um ritmo constante e estratégico. Terminou a prova em quarto lugar geral, apenas 2 minutos e 20 segundos atrás do campeão, o ugandense Jacob Kiplimo (2h02min23s). Na reta final, travou uma disputa intensa com o queniano Alex Masai, perdendo o pódio por apenas seis segundos. Ainda assim, cruzou a linha com os braços erguidos e o semblante de quem sabia ter feito história.

Um ciclo de evolução exemplar

O recorde não veio por acaso. Mantz construiu 2025 com regularidade impressionante. Em janeiro, quebrou o recorde americano da meia maratona, com 59min17s no circuito de Houston. Pouco depois, brilhou na Maratona de Boston, completando em 2h05min08s, mesmo com vento contra e percurso não elegível para recordes. Cada prova o aproximava de um limite que ele parecia destinado a superar.

Seu treinador, Ed Eyestone, vice-campeão em Chicago em 1994, já havia previsto que Mantz estava pronto para correr abaixo de 2h05. A profecia se confirmou em grande estilo.

O símbolo de uma nova geração

Desde a aposentadoria de nomes como Ryan Hall e o auge de Galen Rupp, os Estados Unidos buscavam um novo rosto para inspirar jovens corredores. Mantz assumiu esse papel com naturalidade. Sua trajetória combina talento, disciplina e resiliência — qualidades que ressoam com a nova geração que começa a surgir nas maratonas americanas.

Além do recorde, o que chama atenção é sua mentalidade competitiva. “Foi uma corrida incrível. Tentei me manter constante e aproveitar o ritmo dos africanos”, disse após a prova. A frase simples traduz o espírito de um atleta que ainda acredita em progresso, segundo a segundo.

O futuro que começa agora

A quebra do recorde em Chicago não encerra uma história, mas abre uma nova. Mantz colocou os Estados Unidos novamente entre os protagonistas das grandes maratonas, reacendendo a chama de uma tradição que parecia adormecida.

Com o olhar voltado para as próximas majors, ele carrega agora mais do que um tempo no cronômetro: carrega a esperança de uma nação que volta a acreditar que é possível desafiar os melhores do mundo nos 42,195 km.

Um mês depois, a marca de 2h04min43s segue ecoando — não apenas como um número histórico, mas como o símbolo da renovação do fundo americano.

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