Emma Maria Mazzenga, a velocista italiana de 92 anos que desafia a idade e os limites da ciência

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Aos 92 anos, Emma Maria Mazzenga continua desafiando o tempo e quebrando recordes mundiais nas pistas. A italiana, conhecida como a “rainha do sprint”, treina três vezes por semana em Pádua e coleciona marcas impressionantes em provas curtas. Só em 2024, ela quebrou quatro recordes mundiais na categoria acima de 90 anos, incluindo o dos 200 metros indoor (51s08) e o dos 60 metros (13s91).

Rotina de treino e longevidade atlética

Mazzenga não segue um plano fixo, mas ouve o próprio corpo. Alterna corridas leves, tiros de velocidade e sessões de 400 metros, sempre respeitando intervalos amplos de descanso. “Não mudo a intensidade, apenas adapto as distâncias”, afirmou em entrevistas anteriores. A constância é a base de sua performance: ela corre há mais de 40 anos, retomando o esporte aos 53, após uma pausa dedicada à família e à carreira como professora de química.

O olhar da ciência sobre um fenômeno

O desempenho de Mazzenga despertou o interesse de pesquisadores da Universidade de Pavia, na Itália, e da Universidade de Marquette, nos Estados Unidos. Cientistas investigam como sua musculatura e sistema cardiovascular mantêm padrões semelhantes aos de pessoas muito mais jovens. Em exames recentes, os pesquisadores constataram que suas mitocôndrias — estruturas celulares responsáveis pela produção de energia — funcionam como as de uma mulher de 20 anos.

Além disso, suas fibras musculares lentas permanecem praticamente intactas, e as rápidas, típicas de velocistas, continuam em número elevado, o que ajuda a explicar sua potência e agilidade. O sistema neuromuscular, que normalmente sofre perdas significativas após os 80 anos, também se mantém em notável funcionamento.

O segredo: movimento e prazer

Para os cientistas, a chave da vitalidade de Mazzenga está na constância do movimento e na alegria que encontra em correr. O hábito regular de exercício físico, dizem, não apenas mantém a força e a coordenação, mas também preserva funções essenciais do corpo com o passar dos anos.

Emma segue competindo e se prepara para a próxima temporada indoor, mantendo o mesmo entusiasmo de quando começou. Seu exemplo é um lembrete poderoso de que a idade não precisa limitar o desempenho — e de que o corpo, quando estimulado com disciplina e prazer, pode continuar a surpreender mesmo depois dos 90.

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