Kipchoge encerra ciclo histórico com 17º lugar em Nova York e anuncia turnê mundial de maratonas

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O maior maratonista da história viveu um domingo de transição. Duas horas após cruzar a linha de chegada da Maratona de Nova York em 17º lugar, com 2h14min36s, Eliud Kipchoge, de 40 anos, anunciou o início de uma nova fase em sua carreira — um projeto chamado “Eliud Kipchoge World Tour”, que prevê a participação em sete maratonas nos sete continentes nos próximos dois anos.

O anúncio encerra, na prática, a era competitiva de um atleta que redefiniu o conceito de limite humano. Bicampeão olímpico, recordista mundial e primeiro homem a correr uma maratona abaixo de duas horas (no projeto INEOS 1:59, em 2019), Kipchoge agora troca a busca por tempos e títulos por uma missão simbólica: “correr por propósito”.

“Minha vida por 22 anos foi concentrada em vencer e quebrar recordes. Agora entro em uma transição. Quero usar a corrida para servir à humanidade”, afirmou o queniano após a prova.

Despedida simbólica em Nova York

A prova deste domingo foi carregada de emoção. Nas ruas de Nova York, Kipchoge completou seu desafio Six Star Finisher, tornando-se um dos poucos atletas a correr todas as provas do circuito World Marathon Majors — Tóquio, Boston, Londres, Berlim, Chicago e Nova York.

Embora o resultado não tenha refletido a grandiosidade de seu currículo, a presença do bicampeão olímpico foi celebrada como um tributo à própria história da maratona moderna. Kipchoge sorriu do início ao fim, acenando ao público e interagindo com outros corredores. “Correr aqui é um privilégio. O carinho das pessoas me emocionou”, disse.

Nos últimos meses, o queniano havia competido em Londres e Sydney, finalizando entre os dez primeiros em ambas. Nova York marcou o encerramento de uma sequência que começou há mais de uma década, quando ele estreou na distância com vitória em Hamburgo, em 2013.

Do relógio à missão

Com o “World Tour”, Kipchoge quer usar sua imagem para inspirar novos corredores e levantar fundos para a Eliud Kipchoge Foundation, voltada a causas educacionais e ambientais. O projeto prevê passagens por provas tradicionais — incluindo a Maratona da Antártida, o desafio mais extremo do circuito —, reforçando o espírito de aventura e legado que ele sempre defendeu.

Aos 41 anos, o queniano deixa as grandes disputas com números inigualáveis: dois ouros olímpicos (Rio e Tóquio), quatro títulos em Londres, cinco em Berlim, dois recordes mundiais e 11 vitórias em 13 anos de maratona.

Um legado que vai além dos quilômetros

Kipchoge encerra sua trajetória competitiva como símbolo de consistência, humildade e propósito. Mais do que um atleta, tornou-se um embaixador global da corrida — alguém que fez do ato de correr uma filosofia de vida.

A “turnê mundial” pode não ter a velocidade de outrora, mas promete algo ainda maior: a continuidade de uma história que inspirou gerações e transformou o significado da maratona para sempre.

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