Paris renova aposta verde: em 2026, maratona será feita sem plástico descartável

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A Maratona de Paris vai avançar para um novo patamar de sustentabilidade em 2026: não haverá mais uso de garrafas ou copos plásticos nos postos de hidratação durante a prova. A mudança foi confirmada por Thomas Delpeuch, diretor de eventos da organizadora Amaury Sport Organisation (ASO), e representa um dos maiores experimentos ecológicos já feitos numa corrida de longa distância.

Um salto em relação às medidas anteriores

Desde 2024, Paris já vinha adotando medidas para barrar o uso de plásticos descartáveis em competições locais. A partir de setembro daquele ano, eventos na cidade deixaram de autorizar plásticos de uso único, e competições como a Paris 20 km passaram a incentivar que participantes levem seus próprios recipientes reutilizáveis.

No entanto, até então, ainda era permitida a distribuição convencional de água em garrafas plásticas em provas de longa duração. A novidade em 2026 será o fim total dessa prática: cada corredor deverá levar seu “flask” (recipiente reutilizável), que poderá ser reabastecido ao longo do percurso.

Como vai funcionar a hidratação em 2026

Segundo Delpeuch, o percurso da maratona, que tradicionalmente tinha postos a cada 5 km, será alterado para ter pontos de hidratação a cada 2 km. Os corredores deverão transportar um recipiente de 350 a 400 ml, que pode ser enchido em cerca de 1,5 a 2 segundos — um processo rápido e pensado para causar o mínimo de interferência no ritmo.

Esse novo modelo já será testado antecipadamente na Maratona de Lyon, marcada para este domingo, como parte do planejamento de adoção generalizada nos eventos da ASO.

Impactos e desafios

O potencial impacto ambiental é enorme: segundo estimativas, a Maratona de Paris utiliza centenas de milhares de garrafas descartáveis por edição. A transição para copos reutilizáveis e abastecimento em recipientes traz uma economia significativa de plástico e resíduos.

Mas a mudança também impõe desafios:

  • Adaptação dos corredores: muitos atletas estão acostumados a largar a garrafinha vazia ou parcialmente usada no chão. Essa prática será proibida frente à nova lógica ecológica
  • Logística dos postos de reabastecimento: é preciso garantir pontos limpos, abastecimento constante e compatibilidade com os recipientes dos corredores

Além disso, será fundamental orientar os participantes sobre essa nova exigência para evitar surpresas no dia da prova

O movimento global e o legado da Paris 2024

Paris já vinha em uma trajetória de eliminar plásticos descartáveis de seus eventos esportivos e culturais, especialmente por conta dos Jogos Olímpicos de 2024. A cidade investiu em copos reutilizáveis, estações de água e restrições a embalagens de uso único em seus eventos.

A Maratona de 2026, dessa forma, vai além de uma medida simbólica: será um dos maiores testes de viabilidade prática para grandes eventos esportivos com foco ambiental. Se bem sucedida, pode servir de modelo para maratonas em outras capitais.

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