Maratona de Berlim 2025 consagra Sabastian Sawe e Rosemary Wanjiru em prova marcada pelo calor

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A 51ª edição da BMW Maratona de Berlim entrou para a história não por recordes absolutos, mas pela resiliência dos atletas diante do forte calor que marcou a prova neste domingo. O queniano Sabastian Sawe e sua compatriota Rosemary Wanjiru venceram as disputas masculina e feminina, garantindo à tradicional prova alemã mais um capítulo de grandes duelos e performances de destaque no cenário internacional.

Sawe domina entre os homens

No masculino, Sabastian Sawe, de 30 anos, cruzou a linha de chegada em 2h02min16s, marca considerada a melhor do ano e a nona mais rápida da história da maratona. O tempo foi conquistado em condições desafiadoras, com termômetros chegando a 25 °C nos quilômetros finais, o que lhe rendeu o apelido de “recorde mundial em clima quente”. Nenhum atleta havia registrado desempenho tão rápido em temperaturas tão elevadas.

Sawe impôs ritmo forte desde o início, passando os 10 km em 28min26s e a meia maratona em impressionantes 1h00min16s, dentro da marca do recorde mundial de Eliud Kipchoge. Porém, sem coelhos após o quilômetro 23 e sob o desgaste do calor, precisou reduzir o ritmo. Ainda assim, manteve ampla vantagem sobre os rivais e consolidou sua terceira vitória consecutiva em grandes maratonas, após triunfos em Valência (2024) e Londres (2025).

O japonês Akira Akasaki foi o segundo colocado com 2h06min15s, seguido pelo etíope Chimdessa Debele, que completou o pódio em 2h06min57s. Entre os alemães, destaque para Hendrik Pfeiffer, oitavo colocado com 2h09min14s – melhor resultado de um atleta local desde 1990.

Rosemary Wanjiru vence duelo apertado

Se no masculino a vitória foi conquistada com folga, no feminino o desfecho foi dramático. A queniana Rosemary Wanjiru liderou boa parte da prova e parecia caminhar para uma vitória tranquila, mas terminou exausta e quase foi alcançada pela etíope Dera Dida nos metros finais.

Wanjiru venceu com 2h21min05s, apenas três segundos à frente de Dida, que ficou com o vice em 2h21min08s. O terceiro lugar foi para outra etíope, Azmera Gebru, com 2h21min29s. Foi a terceira vez em 2025 que Dida terminou em segundo lugar por margem mínima – também havia ficado atrás por poucos segundos em Dubai e Paris.

Wanjiru, exausta, precisou de atendimento médico imediato e não participou da coletiva de imprensa.

Calor dificulta desempenho e provoca desistências

As condições climáticas foram determinantes na edição de 2025. O calor provocou abandonos de favoritos, como o etíope Milkesa Mengesha, campeão de 2024. A organização destacou que, apesar das dificuldades, o evento contou com apoio médico reforçado para os mais de 55 mil corredores inscritos, dentro do universo de 80 mil participantes que incluíram handbikers, cadeirantes e patinadores.

Celebridades também marcam presença

Além da elite, a maratona de Berlim manteve a tradição de atrair personalidades. O cantor britânico Harry Styles completou os 42,195 km em respeitáveis 2h59min13s, enquanto os ex-futebolistas alemães André Schürrle e Felix Kroos marcaram 3h21min25s e 4h28min23s, respectivamente.

Um clássico das maratonas

A BMW Maratona de Berlim reafirmou seu papel como uma das provas mais rápidas e prestigiadas do mundo. Ainda que o recorde mundial não tenha sido quebrado, a edição de 2025 reforçou a tradição da capital alemã de revelar grandes performances – mesmo em condições adversas.

Com Sabastian Sawe consolidando seu nome entre os maiores maratonistas da atualidade e Rosemary Wanjiru resistindo até os últimos metros para garantir a vitória, Berlim mostrou mais uma vez por que é considerada o palco dos feitos inesquecíveis do atletismo.

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