No dia 27 de julho, São Paulo recebeu mais uma edição da SP City Marathon, que reuniu mais de 20 mil pessoas pelas ruas da capital paulista. Além da festa esportiva e da celebração da corrida de rua, o evento também marcou um avanço importante em termos de responsabilidade socioambiental.
Um relatório detalhado mostrou o impacto positivo da gestão de resíduos realizada durante a maratona, apontando resultados que colocam a prova entre os eventos esportivos mais sustentáveis do país.
Redução de impacto ambiental
O desafio foi grande: garantir que milhares de copos, embalagens e materiais usados ao longo do percurso e nas áreas de apoio não fossem simplesmente destinados a aterros. A estratégia deu resultado: foram coletados e corretamente destinados 8.170 quilos de resíduos.
Esse esforço representou uma economia de 17,6 m³ em aterros sanitários, o equivalente a 56 geladeiras em volume de lixo que deixaram de ser depositadas de forma inadequada. Outro dado expressivo foi a economia de 13,2 toneladas de CO₂, o que corresponde a aproximadamente 69.660 quilômetros rodados por um carro comum.
Estrutura de coleta e reciclagem
Para dar conta do fluxo de pessoas e resíduos, foram disponibilizados 100 cestos aramados, 100 placas de sinalização, 4 containers e 6 carros coletores, além de caçambas para separar recicláveis e rejeitos. No total, sete coletas de caminhão garantiram a destinação correta do lixo.
Do total recolhido, cerca de 4.085 quilos foram efetivamente reciclados, voltando ao ciclo produtivo. A operação também compensou todas as emissões de carbono por meio da compra de créditos com a empresa Planton, assegurando que o evento fosse carbono neutro.
Sustentabilidade como legado
O relatório destaca ainda que a correta segregação dos resíduos não só reduziu impactos ambientais imediatos, mas também serviu como exemplo de boas práticas em grandes eventos esportivos.
Em um país onde 82 milhões de toneladas de lixo são geradas por ano, com apenas 4% efetivamente reaproveitadas, a experiência da SP City Marathon mostra como o esporte pode liderar transformações sociais e ambientais.
O contraste é ainda maior quando lembramos que 39% dos resíduos brasileiros ainda são descartados de forma inadequada, a céu aberto.
O papel do esporte no futuro
Mais do que uma corrida, a SP City Marathon deixou um recado importante: grandes eventos podem ir além da performance esportiva e ajudar a redesenhar o futuro urbano. A união entre esporte e sustentabilidade é uma tendência que ganha força em todo o mundo e encontra, em São Paulo, um palco privilegiado.
Independente da distância escolhida, todos os corredores que participaram também fizeram parte de uma ação coletiva de preservação ambiental. O resultado final é um legado que permanece na cidade muito além da linha de chegada.